O diagnóstico de TDAH cresce a cada ano. Mas será que todas essas crianças realmente têm déficit de atenção?

Estudos publicados no PubMed e SciELO apontam que entre 50 % e 60 % das crianças são respiradoras bucais (Machado et al., 2009; Abreu et al., 2010). Esse simples detalhe pode mudar completamente o quadro clínico.

Respirar pela boca altera o sono e a oxigenação. A criança não descansa, fica cansada, ansiosa, perde o foco, e para compensar acaba se agitando mais, comportamento que se parece com hiperatividade. Ou seja: muitas vezes não é TDAH, é respiração bucal.

E os efeitos vão além:

  • Bruxismo e enurese noturna (xixi na cama) já foram associados ao hábito de respirar pela boca (Santos et al., 2020; Dantas et al., 2023).
  • Déficit de memória, irritabilidade e alterações de humor são relatados em crianças com deficiência de vitamina B12 e magnésio (Ozkara et al., 2015; Tan et al., 2023; DiNicolantonio et al., 2023).

Apesar disso, milhares de crianças estão recebendo diariamente medicamentos como a Ritalina sem que esses fatores básicos sejam investigados.

Para piorar, a própria bula da Ritalina alerta para possíveis pensamentos e comportamentos suicidas, além de riscos de depressão em casos de uso prolongado ou retirada abrupta. Ou seja, uma criança que não tinha depressão pode acabar desenvolvendo sintomas graves justamente por um medicamento prescrito após um diagnóstico precipitado.

“Antes de rotular uma criança como TDAH, precisamos avaliar respiração, sono e exames laboratoriais. O risco é medicar por toda a infância algo que poderia ser tratado de forma integrada e simples”, afirma a cirurgiã-dentista há 30 anos que atua com aparelhos Miofuncionais Dra. Alessandra Lourenço (Dra. Alê Lourenço), pós-graduada em Odontologia Integrativa, terapeuta neural, mestranda em Educação e criadora do Protocolo REVITA de Tratamento.

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