Num contexto em que o envelhecimento da população demanda cada vez mais soluções centradas na qualidade de vida, a médica Dra. Sarah Melo, especialista em Geriatria e atuante em Medicina Funcional Integrativa, tem trazido à tona uma abordagem inovadora que considera o paciente idoso não apenas na dimensão da doença, mas como um todo: mente, corpo, ambiente e estilo de vida.
Para a Dra. Sarah, a Geriatria tradicional – voltada ao diagnóstico, tratamento e reabilitação de doenças em pessoas mais velhas — continua imprescindível. Mas, segundo ela, “é preciso ir além do sintoma”: integrar práticas funcionais que investigam as causas subjacentes dos desequilíbrios orgânicos, promovendo um envelhecimento mais ativo, saudável e independente. A especialidade dedica-se ao cuidado do paciente idoso, frequentemente com múltiplas patologias, risco de dependência e necessidade de preservação da autonomia funcional.

A Medicina Funcional Integrativa, por sua vez, enfatiza a pessoa em sua totalidade – corpo, mente, espírito e ambiente — e favorece o uso de terapias que complementam a medicina convencional para alcançar bem-estar e prevenção. “Quando unimos a atenção geriátrica à medicina funcional, podemos identificar fatores como inflamação crônica, desequilíbrios hormonais, nutrição insuficiente, deficiência de movimentação ou isolamento social, que afetam profundamente a autonomia e a qualidade de vida do idoso”, destaca a médica.
Na prática, o modelo de atendimento proposto pela especialista inclui uma avaliação geriátrica completa, considerando mobilidade, cognição, fragilidade, risco de quedas e polimedicação. Também envolve investigação funcional por meio de exames voltados à bioquímica, hormônios, estresse oxidativo, microbioma, nutrição, sono e ambiente. A partir desses resultados, é desenvolvido um plano individualizado de intervenção que inclui nutrição funcional adequada à fase da vida, prescrição de atividade física para manutenção de força e equilíbrio, otimização da terapia medicamentosa para reduzir efeitos adversos, além de intervenções relacionadas ao sono, ao estresse e ao ambiente doméstico. Todo esse processo tem como foco preservar a autonomia, a funcionalidade e o bem-estar emocional.

Segundo a Dra. Sarah, o envelhecimento não precisa significar limitação inevitável: “Nosso objetivo não é apenas tratar doenças que já apareceram, mas prevenir que muitas delas ocorram ou se agravem, mantendo a funcionalidade e a vitalidade”, explica. Essa visão se alinha ao movimento crescente da geriatria funcional integrativa, que propõe um cuidado completo, preventivo e humanizado ao idoso.
Nesse cenário, terapias modernas podem potencializar ainda mais os resultados. Entre elas, destaca-se a tirzepatida, medicamento que não atua em um único ponto do metabolismo. Ela apresenta efeitos multissistêmicos, indo muito além do emagrecimento: melhora a fertilidade, auxilia no controle de compulsões, favorece concentração e foco, protege o sistema cardiovascular, reduz inflamação e previne doenças crônicas ligadas ao metabolismo. Quando utilizada com a devida indicação e acompanhamento de um médico capacitado, pode transformar a vida do paciente. No entanto, é fundamental lembrar que cada organismo responde de forma única, e o tratamento deve ser sempre individualizado.
Em resumo, a Dra. Sarah Melo está entre os profissionais que renovam o olhar sobre o envelhecimento: mais do que responder à doença, potencializar a vida. Para uma população que vive mais — e deseja viver melhor
— essa pode ser uma abordagem decisiva.

